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Hospital Emílio Carlos
(17) 3311-3200
Endereço:
Rua dos Estudantes, 225 - Parque Iracema - CEP: 15809-144

https://fundacaopadrealbino.com.br/hec/
    Acessibilidade

O Hospital Emílio Carlos foi originalmente construído para ser um hospital para tratamento de pessoas com tuberculose. Sua construção foi iniciada em 1950 no governo de Adhemar de Barros (1947-1951), o prefeito de Catanduva era Antonio Stocco. A firma que executou a obra foi “Walter Dias Ltda.”, com 672 leitos e área construída aproximada de 32.000 m2 dentro de uma área de 12 alqueires. Junto com Catanduva foram construídos hospitais idênticos em Araraquara, Lins e Botucatu, dentro da proposta da CNTC (Campanha Nacional Contra a Tuberculose), cujo objetivo era evitar a disseminação da doença, isolando os doentes em hospitais, para tratá-los com medicamentos específicos que demandavam longos períodos de internação. Sua inauguração foi no ano de 1960 e sua administração foi confiada então à Irmandade “Pequenas Missionárias de Maria Imaculada”.

A tuberculose no final do século XVIII era considerada uma doença “romântica”, idealizada nas obras literárias e artísticas e identificada como uma doença de poetas e intelectuais. Em 1882, Robert Koch anuncia a descoberta do agente causador da tuberculose, o bacilo de Koch. Em fins do século XIX, a doença passou a ser qualificada como um "mal social" e passou a ser relacionada às condições precárias de vida, em que estão presentes inúmeros fatores, entre eles as moradias pouco ventiladas e pequenas para o número de moradores, a má qualidade de alimentação e a falta de higiene.

Enfim a doença era altamente contagiosa e mortal e a princípio não havia remédios e vacinas para combatê-la. Acreditava-se que a cura do doente acontecia quando se dispunha de boa alimentação, repouso e podia-se viver no clima das montanhas, este último fator questionado já na década de 1930. O tratamento envolvia o isolamento dos pacientes, viabilizando-se por meio dos sanatórios e preventórios, os quais isolavam os pacientes considerados perigosos.

A arquitetura do Hospital Emílio Carlos segue a forma da letra “H”, no modelo pavilhonar em dois pavimentos, com um conjunto de edificações isoladas, com funções distintas, interligadas entre si. Um dos elementos concebidos foi a galeria de cura que é constituída por espaços cobertos, com pisos laváveis, com boa aeração e circundados por jardins. A disposição das edificações segue as recomendações modernas: uma boa insolação e ventilação dos lugares, como medida sanitária. Sua implantação foi prevista para ser afastada do núcleo urbano central em uma região de altas altitudes. A paisagem urbana que pode ser visualizada da área do hospital é um dos cartões postais mais bonitos da cidade.

No final da década de 1970, o Hospital Emílio Carlos, que pertencia ao Governo do Estado de São Paulo e era destinado ao tratamento da tuberculose, foi desativado em função de mudanças ocorridas nas políticas de saúde pública da nação. A Fundação Padre Albino, em 1982, conseguiu do Governo Estadual a cessão do prédio.

Em 1983, a FAMECA transferiu-se para o novo prédio e, dois anos mais tarde, iniciou-se a reativação do Hospital Emílio Carlos com a abertura dos ambulatórios de ensino e das enfermarias de clínicas. A partir de então, a Faculdade de Medicina de Catanduva passou a ter dois Hospitais-Escola – o Hospital Padre Albino e o Hospital Emílio Carlos.

Em 2019 foi inaugurado o Serviço de Radioterapia, que possibilitou a implantação do (Hospital de Câncer de Catanduva) junto ao complexo do Hospital Emílio Carlos. 

A edificação que hoje abriga o Hospital Emílio Carlos também serviu ao longo dos anos como referência para tratamento de diversas outras doenças endêmicas e pandêmicas como a AIDs e o “coronavirus”.


AMORA, A. M. G. A.; COSTA, R. G. R. (Org.). A modernidade na arquitetura hospitalar: contribuições para sua histografia. V. 1. Rio de Janeiro: Programa de Pós—Graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo., PROARQ-FAU, 2019. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://proarq.fau.ufrj.br/public/editor/LIVROS%20ED%20PROARQ/Arquitetura%20Hospitalar-FINAL.pdf.

BASSANETTI, Nelson. Hospital de tuberculosos. Catanduva Cidade Feitiço. Catanduva, 15 jan. 2020. Disponível em: http://www.catanduvacidadefeitico.com.br/site/buscaResult.php?busca=hospital&button2=buscar. Acesso em: 10 nov. 2022.

CVE - Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac". Histórias & Curiosidades. São Paulo, s.d. Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/tuberculose/informacoes-sobre-tuberculose/historia-curiosidades#:~:text=Desde%20o%20s%C3%A9culo%20XIX%2C%20o,um%20fator%20fundamental%20no%20tratamento. Acesso em: 10 nov. 2022.

FUNDAÇÃO PADRE ALBINO. Hospital Emílio Carlos. A Obra de Padre Albino. Catanduva, 2018. Disponível em: http://fundacaopadrealbino.saude.ws/100anos/padre-albino/a-obra. Acesso em: 10 nov. 2022.

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