A Praça da Independência é resultado do primeiro loteamento de Catanduva que foi motivado pela expansão da linha férrea, a “Vila Consola”. O loteamento compreendia o espaço entre a Rua São Paulo e Mato Grosso; Santa Catarina e Espírito Santo. Hoje este loteamento pertence ao bairro de Higienópolis. O loteador doou os terrenos: da Praça da Independência, do antigo pátio de manobras e da Estação da Estrada de Ferro, em troca do direito de explorar o botequim que ali seria instalado (BASSANETTI, 2014).

Assim como as Praças da República e São Domingos (hoje Monsenhor Albino), essa praça foi batizada pelo mesmo conjunto de leis que deram origem aos nomes das ruas da cidade e propôs a elaboração de um plano de arruamentos para Catanduva, ainda em 1918. A lei n° 10 de 3 de junho de 1918 dava oficialmente a praça localizada acima da ferrovia o nome de Praça da Independência (MUSEU PADRE ALBINO, 2006, p. 3). No inicio do século XX, o local também era conhecido como Largo da Independência e era ocupado por um jardim, que posteriormente recebeu um coreto. Na década de 1950, iniciou-se a construção do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, que ocupou grande parte da área da Praça. Em 1962, na fase final das obras do Santuário, a prefeitura executou o projeto paisagístico de remodelação da Praça, elaborado pelo arquiteto Luiz de França Roland.

O arredor da Praça da Independência se configura como uma das mais antigas áreas residenciais do bairro. Se o comércio se estabeleceu principalmente nas ruas São Paulo e Sete de Setembro, foi na área do antigo Largo da Independência e nas quadras circunvizinhas que o setor residencial do Higienópolis se desenvolveu com maior intensidade. A década de 1920 foi determinante nesse processo. Nesse período, várias casas do bairro foram construídas, algumas delas ainda presentes ali.

Muitos dos donos dessas residências eram de origem espanhola. A presença de um grande número de espanhóis no bairro pode ser explicada pela proximidade com a zona rural, na qual grande parte dos proprietários era composta por imigrantes vindos da Espanha (PANTALEAO, 1944, p. 606). Aparentemente o Higienópolis é o bairro onde a identidade pátria dos moradores aparece com maior destaque.

(texto adaptado e retirado de CORATO, A. C. S. E PORTO, D. R. Pesquisa histórica e análise das estruturas arquitetônicas e urbanísticas dos bairros: Centro, Higienópolis e São Francisco. Catanduva, 2007)